terça-feira, 30 de outubro de 2007

Júlio Lanceloti e a extorsão

Julio Lanceloti e a extorsão
Não morro de amores pela Igreja Católica. Sei de seus desmandos da Alta Idade Média até os dias de hoje. O papa é um representante inquisitorial.
Mas, dentro da Igreja Católica há pessoas muito boas. Eu poderia citar dezenas delas, só considerandoo ambiente periférico em que habito.
Li na última semana, todas as culpas que atribuiram ao Padre Lanceloti. Não o conheço pessoalmente, embora gostasse de fazê-lo. Ele se apresentou à polícia dizendo-se vítima de extorsões por parte de um ex-interno e seus comparsas. Tímido, começou falando em 50, depois 60, depois em somas maiores que para a polícia já beiram os 600 mil reais. O medo dele era ser acusado de pedofilia. Retraiu-se e jogou a causa nas mãos do Greenhald, o mesmo advogado que insistia que a morte do Celso Daniel foi crime comum.
Ora, existem muitas variantes a serem consideradas. Um homem extorquido, não deve ter medo de falar a verdade. Teoricamente, nem precisa de advogado.
Mas os autores da extorsão tem um passado de merda. Vejamos por partes:
Um adolescente delinquente de 16 ou 17 anos, ainda não sabe o que é sexo? Claro que sim. Sabe tudo e algo mais. Não me parece portanto que este perfil possa-o encaixa-lo na linha dos ingênuos abusados por adultos.
O caso durou anos, até que a bruaca velha decidiu envolver em denúncias seu moleque de 8 anos. Temos aí um caso clássico de uma fêmea que não quer dividir seu macho com ninguém, e por isso arma um golpe do qual poderá talvez aumentar seus proventos.
Nada sei sobre a sexualidade do padre. Se ele for casto, estará nas normas da Igreja. Se sodomita, é bom saber que isso não implica em agressão ao direito civil. Além disso, me parece pouco lógico que um homem tão ocupado com moradores de rua e crianças aidéticas, tivesse tempo para tantas aventuras. Uma cá, outra lá, é até possível, mas não temos provas e há suspeitas de manipulação do processo para desviar as atenções do caso dodelegado e seus traficantes de estimação.
Não defendo nem ataco Lanceloti. Se teve na vida um amor bandido, isto é caso para ser decidido pelo Direito Canônico. Os tribunais de Roma cuidam de seus pastores no tocante ao comportamento eclesiástico.
Quanto aos delinquentes, nem as boas intenções ou paixões de Lanceloti ajudaram em nada, e ,estes sim, devem ser julgados pela justiça civil, suas vidas precisam ser pesquisadas para saber a quem mais golpearam.
Mesmo que o Papa resolva punir o sacerdote, o Papa não é ninguém para dizer a quem devemos respeitar. Igreja e Estado neste país, são entidades autônomas, graças aos Céus.

3 comentários:

Humanidade e Pensamento disse...

Ivone, voce continua sendo a nossa professora de Histórioa Medieval e Moderna. Abraços
Osvaldo

Anônimo disse...

O que mais as pessoas querem é esperar. Nenhum resultado de inquérito sai rápido. Sou aidético. é capaz de eu morrer sem saber o que aconteceu com o padre.

Anônimo disse...

A Igreja tem interesse em esconder e a policia nenhum interesse em investigar. Padre pedofilo por padre pedofilo tem muito mais pai, irmão e padrasto abusando das crianças e ninguem vê