Dois conceitos difíceis de definir: Autoridade e
Privacidade. Muitos pensam que autoridade é atributo de quem manda. Mas não é.
Avaliando do indivíduo às instituições, percebe-se que há necessidade de um
conjunto de qualidades para que uma pessoa, um governante ou mesmo um país
tenham sua autoridade considerada. Para um indivíduo, é fácil. Se ele for
honesto, trabalhador, conhecedor profundo do que faz, podemos dizer que ele é
autoridade no que faz. Penso que ninguém negaria autoridade científica aos que
se sacrificam pela vida da população ou novos conhecimentos em seu campo de
atuação. Assim, Pasteur, Sabin, Freud, Montesquieu e outros, ganharam
notoriedade e são autoridades nos seus campos científicos. Um verdadeiro chefe
de família também é autoridade se mantém seu controle sobre a prole que trouxe
ao mundo e, depois, sabiamente delega aos filhotes o destino de suas próprias
vidas. As mães e os professores deveriam ter também essa autoridade, mas vem
sendo postos à prova nos duros embates do lar e da escola. Enfim, tanto família
como instituições escolares perderam o grau de autoridade que exerciam no
passado, até mesmo recente. Quem avalia ambos é o cientista social, o
humanista, mas esses não tem autoridade para reverter o quadro ou criar novas
propostas que deem conta de todo o processo "família-escola".
Cada lugar tem as autoridades que acham que mandam e
desmandam nas comunidades pelo poder que os votos lhes concederam. Ledo engano.
Eles também são controlados, quer seja pelo Capital financeiro, pelo
eleitorado, pela Lei Magna ou por outros países que entendem que sabem mais ou
que mandam mais, por ter poder científico ou militar. Assim, qualquer
autoridade pode ser contestada a seu tempo pois, quanto mais exposta, mais
se interessa nela a comunidade.
Vai daí que é muito difícil para as pessoas que tem
notoriedade conseguirem manter a privacidade. Lembremos do exemplo da saudosa
Lady Di e de tantos outros. Mas lembremos que , dominar amigos e também
controlar inimigos, é uma modalidade de poder. Isso deixa claro o porque dos
EUA em sua estapafúrdia empáfia, entrarem na espionagem de nossa presidente o
outros políticos mais. É ultrajante que estejam à beira de um ataque armado a
mais um país do Próximo Oriente, como não tivessem sido eles mesmos que jogaram
tantas bombas Napalm no Vietnam ou jogado as horríveis bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Consideram-se baluartes da moral política do
mundo. Dilma faz muito bem de ficar irada contra a espionagem. Cobre isso do
Obama, agora é a grande oportunidade, no Encontro dos 20, com outros
estadistas.
Diga também ao Obama que não tenho mais útero e não
colocarei neste mundo nenhuma pessoa para odiar a autoridade com que os EUA
vasculham a vida privada da nossa gente. Ele devia saber que sapo de fora não
chia.
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